sábado, 24 de julho de 2010

Aquele que fazia feliz o nosso coração


Terminou a Copa 2010, a África do Sul virou só mais um país pobre de um continente esquecido no outro lado do oceano Atlântico.
Nossas atenções estão todas voltadas para o Brasileirão. A minha para o meu Inter. Sempre a minha paixão, devo confessar aqui que me emociona mais o Inter jogando a Libertadores do que o Brasil na Copa.
A minha mãe me contou uma coisa horrível, por favor não espalhem, mas eu já fui gremista. Pasmem. (=O)
É verdade, foi em 1996. Uma das melhores campanhas do Grêmio na minha opinião, Bicampeão Brasileiro. Eu na minha inocência infantil só queria mesmo era fazer parte do time que estava ganhando. Fui gremista naquele ano.
Mas logo me recuperei desta imensa insanidade. Minha mãe me explicou que deveríamos torcer pelo time que "fazia feliz o nosso coração" e não o que estava ganhando. Eu escolhi o time dela. Por amor a ela, virei colorada. Depois me apaixonei de verdade, e esqueci de todo esse passado de traição.
Paixão e esquecimento se completam. Andam juntos, um do lado do outro. São necessários um ao outro.
Você não esquece as coisas que não te marcaram de verdade, que não fizeram uma marca bem profunda na pele. Você só esquece aquilo que realmente te fez sentir algo de verdade, e a maioria das vezes era uma paixão. As coisas que não te marcam não tem importância, você não precisa esquecer. E paixão marca mais que tatuagem. Ela gruda em você e vira vírus, que se espalha por todo o seu sistema sem você perceber. Quando você viu, puf.. se apaixonou!
Eu sou assim, me apaixono de cara pelas coisas.. no final a maioria eu tenho que esquecer mesmo e outras eu acabo amando, essas eu guardo na caixinha das "coisas mais importantes do mundo - não esquecer".
Eu logo esqueço também. Talvez um defeito, talvez uma redenção. Uma maneira minha de conviver melhor com o mundo. Não guardo por muito tempo as coisas, eu vou embora, passo um dia odiando e alguns minutos querendo matar. Mas depois eu esqueço, por mais horrível ou maravilhoso que tenha sido.
Com o meu time é assim. Eu sou apaixonada! Eu brigo, eu grito, eu choro, eu digo palavrão, eu tenho ciúmes, eu quero comigo sempre, eu vou fuxicar em site, orkut, twitter.. enfim ser colorada é uma das minhas definições.
Na minha vida eu sou assim. Você não é? Você não sente a mesma coisa?
Bom eu prefiro assim. E que seja eterno, enquanto eu dure.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Roteiro


A beleza dos detalhes me persegue, como um vício eu me distraio com cada um deles.

Procurando sempre a sensação de ver alguma coisa que eu ainda não vi.

Sempre atrás da exaltação.

Do sentido maior, da contemplação, da estupefação.

Faço da minha vida um tocar infinito de uma trilha mal ajeitada, aquela que atrapalha e parece estar deslocada na cena.

Arrumo os fones e não é esse o problema, não é o áudio que me incomoda é o roteiro.

Preciso reescrevê-lo. Só estou esperando que o diretor me diga “gravando”.

Ou será que ele já disse e eu não ouvi?

Vou arrumar os fones de novo. Pode ser que resolva, por enquanto.

sábado, 3 de julho de 2010

Encontro




Sai de si
Vem curar teu mal
Te transbordo em som
Poe juizo em mim
Teu olhar me tirou daqui
Ampliou meu ser
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim sim

Olhe só
Como a noite cresce em glória
E a distância traz
Nosso amanhecer
Deixa estar que o que for pra ser vigora
Eu sou tão feliz
Vamos dividir

Os sonhos
Que podem transformar o rumo da história
Vem logo
Que o tempo voa como eu
Quando penso em você


Maria Gadu