segunda-feira, 26 de abril de 2010



"São tempos difíceis para os sonhadores..."
(O Fabuloso Destino de Amelie Poulain)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Enfim só


Eu não gosto de falar ao telefone.
Eu sou apaixonada por música, queria que a minha vida inteira tivesse uma trilha.
Amo a minha família e mais alguns amigos.
Essas são as 3 certezas da minha vida.
De resto, uma confusão enorme, sem começo nem fim.
Nem sei por onde eu começaria a enumerar todas as dúvidas, também não sei qual delas é mais importante, e isso de pouco importaria porque eu não tenho resposta pra nenhuma.
Apesar de estar sozinha, eu gostaria de ficar sozinha.
Me sinto longe, mas tem tanta coisa comigo que fica difícil.
Ouvi hoje: "De qualquer maneira você irá sofrer, mas cabe a você decidir por quem."
Era bem isso que eu queria dizer, só não sabia como.
Qualquer caminho vai ter sofrimento, mas é preciso escolher qual deles vale a pena.
Talvez eu esteja tentando não me achar e não responder a nada, talvez essa seja só mais uma dúvida.
Um dia eu resolvo tudo isso.
Por enquanto eu vou ao som da Adriana Calcanhoto, esperando você entrar pela porta e ser a minha solução.
Então muda a minha vida em meia hora, ou então eu mesma terei que mudar.






=)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mentiras


Nada ficou no lugarAdicionar imagem
Eu quero quebrar essas xícaras
Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família...

Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos...

Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...

Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua...

Eu vou publicar os seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria...

Que é pra ver se você volta,
Que é pra ver se você vem,
Que é pra ver se você olha,
Pra mim...


Adriana Calcanhoto

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Excesso de Bagagem




Preciso chorar.
Urgente e compulsoriamente.
Preciso de um travesseiro e de uma música, e preciso chorar muito.
De alívio, de saudade, de raiva, de frustração, de alegria, de amor, de medo.
Estou pensando na última vez que eu chorei, faz tanto tempo. Eu lembro por quem, mas eu não lembro o porque.
Hoje eu não choro mais pelas mesmas coisas que eu já chorei, hoje eu só quero chorar. Lavar a alma, aliviar o espírito.
Queria descarregar as malas, acho que a gente fica tão pesada conforme a vida vai passando. Uma lembrancinha aqui, outra ali, duas malas a mais e assim por diante.
A bagagem vai pesando.
Por isso eu queria chorar hoje. Não por tristeza, definitivamente não estou triste, mas por descarrego, por limpeza.
É engraçado, a pouco tempo atrás eu chorava toda a noite e perguntava pro meu Pai quando que isso teria um fim. Teve um fim, o dia chegou. E agora eu tento desesperadamente chorar.
Extorquir uma lágrima, uma careta, um gemido.
Eu tenho medo da morte, tenho medo de que as pessoas que eu amo morram sem saber que eu as amava, que eu rezava e pedia por elas. Tenho medo que elas morram sem uma palavra de afeto. Eu tenho medo de morrer. Tudo bem, até o Chico teve medo. Na hora H todo mundo tem medo.
Escrevi sobre isso, porque exatamente no momento que eu comecei a escrever esta crônica, soube de uma história de morte, a história da morte de um amor. Um amor secreto que todos sabiam, mas um amor.
Talvez eu esteja errada, talvez um amor nunca morra.
Talvez eu chore por isso também.







=)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Você é o que ninguém vê



Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema..
Você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pêlo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê.
Você é o que ninguém vê.

Martha Medeiros






Ps: Fiz as pazes com o passado e botei em pratos limpos o que eu quero do agora. =)

terça-feira, 6 de abril de 2010




"Eu faria tudo pra não te perder assim..
mas o dia vem e deixo você ir!"


Deixo - Ivete Sangalo









segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sorry, Peter Pan!


Então tá!
Me diz como que a gente faz pra não crescer?
Eu já não sei mais.
Andei mudando a cada ano sem perceber que o tempo corria.
Corri a cada ano sem perceber que o tempo me mudava.
Hoje me encontro, me perco e me acordo, sem nunca deixar de ter um quê de menina, que na flor da margarida sempre quer brincar de bem-me-quer. Mas a inocência eu deixei do lado de fora da porta.
Não vivo mais de loucura. Toquei o chão e firmei o pé.
Aprendi a dizer não. E mandei a princesa do castelo procurar o que fazer e deixar de lado todas as bobagens de princesas. Tomei as rédeas do cavalo branco e deixei o príncipe a ver navios. Se ele quiser até posso dar uma carona, mas sem compromisso.
Decidi ser a capitã do time.
Decidi?
Não. Eu não decidi nada, se dependesse de mim ainda estava na torre mais alta, do morro mais alto, adormecida por 100 anos.
Simplesmente me tornei. Ou só assumi o que sempre fui.
Não do dia pra noite, com a ajuda do pó de pirlim pim pim, mas a cada escolha, em cada esquina.
Peter Pan, me salva!
Eu sei que não é o que eu quero de verdade, assim como a Wendy eu ia acabar voltando pra casa. Mas a Terra do Nunca é tão encantadora, não é?
Tudo bem. É só o desespero de quem se jogou do avião, e não sabe se o paraquedas vai abrir. Eu passei pela ponte, ela caiu, eu não posso voltar, só ir adiante.
Meus eufemismos. Eu só os uso, porque preciso que vocês, leitores imaginários, entendam o que eu estou dizendo. Aí vai mais um: como boa criança que sou, eu quero mesmo é rasgar o pacote. Mas espero até a hora certa e depois jogo o papel no lixo.
Não vou subestimar vocês, acredito que agora esteja entendido.
Eu sei de onde vim, aonde estou e para onde quero ir. Talvez não saiba meu lugar no mundo, mas toco o barco mesmo assim. Afinal, eu não poderia estar em outro lugar, nenhum lugar me faria tão feliz como este.
Desculpa Sininho, mas vou ficar por aqui. Mesmo que tentasse, e eu já provei isso, eu não conseguiria mais viver assim, reviver assim.
Alice não se atormente, você só não cabe mais no País das Maravilhas.




Ps: eu não ganhei um bolo de chocolate.. eu ganhei 2 bolos em uma festa surpresa! =D

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Chocolate.. e presentes!


Estou trabalhando, ou pelo menos estou aqui sentada na minha mesa.
Alguma pessoas estão usando a sala para fazer a massagem semanal, eu me sinto relaxada só observando os movimentos aplicados.
Por que eu não tenho direito a massagem semanal tbm?
Ainda não arrumei a minha mala, tenho que cortar os cabelos, o meu MP4 está carregando e eu espero que a bateria não termine no meio do caminho (como sempre acontece por sinal).
Nos dias em que eu volto pra casa, ou melhor que eu abro a porta da memória, me sinto um pouco perdida, tenho que admitir.
Me sinto estranha no ninho, como se nunca tivesse participado daquilo, e ao mesmo tempo me sinto tão bem, longe do presente que eu construí e de todas as aflições do meu agora.
Estou com sono, não levem a sério o que eu estiver falando.
Dormi 4 h e acredito que várias partes do meu cérebro ainda estejam desligadas, algumas claro eu nunca vou ligar mesmo.
Ontem me senti estranha também, não sei qual o motivo. As vezes eu tenho uma crise de maturidade e não consigo suspender os pensamentos de uma senhora de meia idade...
É realmente, é o sono.
Tudo que eu preciso é rever os meus conceitos (placa: risos!). Vou me mandar logo pro lugar mais distante do mundo, o meu próprio mundo.. voltando aonde tudo começou a começar.
Enfim, Alice no País das Maravilhas, correndo sempre atrás do coelho e nunca chegando aonde realmente é importante chegar.
Sábado é meu aniversário, tem gente que não gosta, mas como boa criança que sou, é o meu dia preferido. E dele só espero um belo bolo de chocolate.
Sempre ganhei apenas um presente pela Páscoa e pelo aniversário, acontece com quem tem a infelicidade de nascer perto de datas comemorativas. Pelo menos a Páscoa não é um feriado fixo, algumas vezes eu conseguia me livrar deste estigma.
Mas o que eu quero mesmo é rasgar o pacote e ver logo o que tem dentro, não gosto de adivinhações. Já passei metade da minha vida sabendo o que iria acontecer.
Também não gosto de esperar. Prefiro que me esperem, do alto da minha imensa, e agora vejo com clareza, cada vez maior individualidade, quero sempre que o mundo gire ao meu redor.
É um erro meu ser tão desapegada?
Ou talvez eu só seja desnorteada. Meu alter ego concordaria com a segunda opção.
A minha dupla personalidade com a primeira.
Enfim, como eu disse é o sono.
Ainda não arrumei as malas, tenho tantas coisas pra fazer de tarde. Eu sei mãe, eu sei que você me falou isso a semana inteira. Vou me atrasar, ou não vou ter tempo de durmir.
Escolha difícil. Repito pela última vez, é o sono.
Relembrei a minha frase: "você pode ter raízes e asas".
Não lembro mais o nome do filme.
As asas eu já vi, de relance é verdade, mas vi algumas vezes. Eu não consigo escondê-las o tempo todo.
As raízes apesar de muito fortes, continuam no ar.. como diria Humberto Gessinger "a minha casa é qualquer lugar, e se depender de mim eu vou até o fim!". Perfeito pra mim, que me sinto em casa em qualquer lugar.
Eu, mim, meu. Tenho que largar deste vício.
Vou tentar uns dias de desintoxicação.
Hoje porém, eu vou dormir na minha casa (placa: felicidade!).
Sim, eu vou.
Bom feriado pra quem fica, pra quem vai e pra quem está em trânsito.
E claro, boa páscoa! Chocolates, amores e sabores.
=)


E feliz aniversário para mim!
Parabéns Bibi..

(placa: cúmulo do individualismo!)