quarta-feira, 9 de maio de 2012

Legião Urbana Metal Contra as Nuvens MTV acústico



Tenho os sentidos já dormentes.
O corpo quer a alma entende.

Legião Urbana

Let's be happy.



É incrível essa mania, quase um TOC de ser infeliz.
Essa coisa de achar lindo tanta infelicidade. De achar poético e romântico a tristeza sem fim.
Se boicotar, se dissolver, simplesmente entregar a vitória, perder o espaço pra tanta coisa que sobra.
Tanta coisa sem nenhum lugar, perdida que se empilha em uma pilha de puro nada.
É tão mais fácil ser assim, do que se libertar.
É tão fácil achar que rebeldia é ser sozinho, sem causas, sem calças, um qualquer perdido em um lugar qualquer. E tão difícil se rebelar das próprias mentiras, ser livre dessa construção ridícula e sem pé que temos de nós.
EU QUERO TODA A LEVEZA NA MINHA VIDA.
Quero toda a leveza que tenho direito, e a que tenho o dever de me dedicar.
De me oferecer, de poder desfrutar do tudo que eu conquistei. Nem que seja o meu batom novo do Boticário, o meu rímel da Maybeline ou a sombra da Jasmine.
Que seja do dia em que fiz 1hora de academia, dos quilos que eu perdi, da calça que eu entrei.
De ter dado a minha mãe a chance de ser mãe, de dar ao meu namorado o meu melhor beijo, de ter dado aos meus amigos as melhores risadas e pra minha família as melhores histórias.
De ter se entregado pra mim mesma, de ter chorado no colo de Deus, de ter salvo o meu cachorro, de sorrir pra aquela criança, de ter salvo o mundo colocando o meu lixo no lixo.
Cansei de entregar o meu espaço. Cansei de defesa, de esconder a escolha. De não escolher.
Serei aquela que luta pela beleza, pela vida, pela leveza. Serei o que em mim é escondido, e que seja o que Deus quiser.
Escolho o caminho mais difícil: o do compromisso com o bem e com a alegria.
Felicidade.
Não é escolha, é necessidade.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A trilha do "tal" momento.

Carta de Alforria

Assinei a minha carta de alforria.
Dei uma pausa nessa rotina pra curtir a minha TPM.
Tô com uma dor de cabeça enorme, e a minha única saída, meu único remédio eficaz é a utilização de fones combinados com teclado.
Minhas músicas e minhas letras.
Só o que me salva de mim nessas horas.
Queria mesmo era uma iluminação divina. Mas tá meio complicado. Tudo bem, eu entendo. Afinal com tanta gente também querendo uma iluminação divina.
Acabei de ouvir a segunda história de término de namoro do dia.
E eu aqui preocupada com a minha falta de capacidade de demonstrar afeto ao ser humano. E a maioria das pessoas não está nem aí. Realmente, é o mundo. 
Chutei uma música aleatória na minha playlist - caiu Monte Castelo do Legião.
É exatamente isso que eu gostaria de dizer Renato.
Sempre pareço irônica. Não é bem assim. Estou desolada no momento.
Estou uma pessoa pesada. Por dentro e por fora. Não uso uma balança há algum tempo. Desisti. É muita coisa aqui dentro. Não tô dando conta.
Incapacidade de demonstrar afeto, amor, perdão e simpatia. Raiva, mau humor, falta de vontade, de coragem. 
Estou com TPM com certeza.
Ai perdida em tudo isso que me rodeia, tive uma idéia. E escutei o Renato dizer "nem foi tempo perdido".
Vou tentar um dia de cada vez -  a velha, barata e eficaz fórmula dos grupos de apoio anônimos.
Afinal, e desde a 5ª série que descobri mas essa é outra história, sou sócia da A.P.A - Associação dos Perdidos Anônimos. 
Minha meta: 15/03/2013 - é uma boa data, 15 é múltiplo de 3. Gosto de numerologia prática.
Meu objetivo: conseguir escrever amanhã neste blog e contar o meu dia e como eu tentei ser uma pessoa mais receptiva. 
A dificuldade: além desta minha depressão de quarta-feira, a TPM tende aumentar.
O desafio: Sorrir para 12 pessoas diferentes amanhã.


(: um já vai pra você!

Ps.: levar tudo isso pra terapia.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Coisa estranha essa coisa de se viver: nunca sabemos o porquê.
Somos mesmo um monte de formiguinhas carregando as nossas folhas e tentando encontrar um caminho que nos leve pra casa, de vez em quando esbarramos em alguém que vem em sentido contrário, de vez em quando somos esmagados por algo bem maior. Formiguinhas a procurar pelo cheiro das outras, a confiar na recompensa de trabalhar, sempre tentando encontrar o caminho.
Resta saber quem é que tem dó, muito dó e dó de nós.
Guardo as minhas reservas pro inverno, um ano parece se tornar mais frio que o outro. 
As cigarras cantam cada vez mais alto lá fora.



Saudade dos começos.


Jornalismo UPF - 2007