terça-feira, 29 de junho de 2010

Feedback


Tô aqui, milhões de coisas pra fazer. Tá milhões não, só o projeto.
E eu não consigo, tô ouvindo Armandinho, Outra Vida.
Hoje eu não acordei bem, continuei o dia assim, e até agora não melhorei.
O que eu devia fazer?
O mesmo de sempre, dormir e acordar em um novo dia.
Não posso, preciso escrever antes. Se não nada disso terá valido a pena, eu não terei aprendido.
Hoje eu fiz tudo que eu não devia, eu puxei as caixas que estavam guardadas no sotão da memória, tô ouvindo a música que eu não deveria ouvir, e finalmente eu consegui chorar.
Se existe tristeza?
De novo eu digo que não, não existe tristeza não é por isso.
É só porque parece que eu não consigo passar da adolescência e parar de me sentir perdida.
Não consigo passar da infância e parar de chorar toda a vez que o meu doce cai no chão.
Eu me sinto excluída, uma figurante que não foi avisada que a cena principal estava acontecendo, e ficou ali parada, atrapalhando o filme.
Preciso de mim, preciso de ti, preciso de tudo.
É essa minha procura da beleza em tudo que eu vejo, em todo mundo. É esse o meu defeito.
É ele que me maltrata em noites de pouco sono, essa confiança na beleza da alma alheia.
Que me tira do rumo e me faz acreditar que tudo é possível.
Sabe o que acontece?
Eu não sou nada disso que você vê.
Não hoje. Hoje eu sou só alguém que está com as malas prontas e perdeu o vôo.
Perdi o tempo da cena.
Vou fechar os olhos e acordar.
Que se dane! Vou escutar Feedback.
Eu preciso lembrar do que eu acredito.
Preciso lembrar que eu ainda acredito na beleza.

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